quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Era uma vez

Era uma vez um amor
Que morreu sem ter nascido
Que sucumbiu ao sucedido
Um amor que se revirou
Num sintoma abortivo
E perdeu-se nas entranhas
Da mãe natureza
Essa que distribui a beleza
Aos predestinados a amar
Era uma vez um amor
Estava tão bem acarinhado
Protegido, aconchegado
Um amor embrionário
Que tinha tudo para nascer
Forte e saudável
Era uma vez um amor
Que com amor foi concebido
Mas morreu sem ter nascido
Sem ter sido dado à luz
e mesmo sem existir
é um amor que ainda me seduz

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