quinta-feira, 19 de novembro de 2009

BOS

A certeza do porte nobre
Com as pesadas heranças
Que repousam nos seus ombros
Responsabilidades assumidas
Sem causas a defender
Ódios a alimentar
Faz as delícias de um povo
Moldado de indecências
E nas suas transparências
Qualquer acto tanto é de louvar
Como até de criticar
Seja como for, continua a sorrir
Acena e mete pena
Alma vazia, sem nada a revelar
Os ombros encolhidos
A destinos traçados e definidos
Antes da sua concepção
E continuará a sorrir e a acenar
Em estados teatrais
Depressões fundamentais
Para sobreviver nessa roda giratória
E enquanto houver memória
No precário registo das palavras
Todo mundo chorará as suas sensações amargas

1 comentário:

Unknown disse...

Silvia, tens um jeito de escrever que não podes desperdiçar de modo algum. Ok? Bjkxxx!