quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Adeuss

Abro a porta à precariedade
Aceno-te, estás volúvel
Barco prestes a naufragar
Tens vontade de alegar
Que tudo foi culpa minha…
Não me sinto incomodada
Nem vou fazer nada
Além de te observar
a ser tragado pelo mar
Em vagarosa agonia,
em moroso afogamento
E esta crueldade
Só te devolvo porque era a tua
Podes naufragar, afundar
Apenas vou gesticular
Um singelo adeus
Não pretendo salvar
O que não tem salvação

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