quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Desc

Olhos postos numa janela
Uma espera desnivelada
Uma gaivota na enseada
Que grita desalmada
Por novos horizontes
Cruza os céus, rasa as pontes
E volta ao seu poiso.
Outro dia, outro voo
Afiguram-se novas lidas
Sem saber se acometidas
De factos fundamentais
Pode ser da gaivota
Pode ser dos ideais
Do voa, pousa, pousa, voa
Acções repetidas
Canseiras esbaforidas
Pobre gaivota, morreu de embaraço
expirou no meu regaço
e os olhos postos na janela
Onde cruza agora uma caravela
que dará início ao mesmo torpor...

Sem comentários: