domingo, 4 de maio de 2008

Outro igual

Bom dia! Acordei e já nem sei
porque que fico tão agradecida
de continuar a viver esta vida
de respirar sempre o mesmo ar
de todos os dias me enganar
a respeito das pessoas
Pensá-las más e nunca boas.
Não sei como salto de euforia
Se no segundo de cada dia
Fico senil e impertinente
Acelero uma velhice decadente
Com a desregrada carreira
Que a lado algum me conduz
Nem me seduz, o meu amor é outro
Traio-te a cada minuto...

Nem mais um pouco, não consigo conceber
Labutar e lutar por um ideal que não é meu
Não consigo render e perceber que o faço sem vontade
Continuo presa em liberdade...

Com impulso salto da cama
Um novo dia, será que é desta vez?
Que acabam os porquês, os porque não,
Que me liberto, me realizo,
chego com um dedo ao céu
Passa o tempo, me apercebo que de nada
valeu mais esta espera, caí noutra cilada
Bem armada pela minha ansiedade
Desatino com dúvidas a ir e vir
Esperando a noite para dormir
Esperançada por nova oportunidade
Saída dos braços da mãe piedade
E é assim que vivo em permanente
sobressalto do agora e do somente
rindo da tristeza, chorando da alegria
que ainda não tive...

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