quinta-feira, 1 de maio de 2008

Desculpa

Desculpa se te iludi
Se te fiz acreditar
que era dona de algo especial
distante do que é banal
desculpa se te fiz crer
Que as conversas que tivemos
Faziam parte de uma história
de amizade ou de amor
Sou somente uma pessoa
Que não pode amar ninguém
Vendi o coração a retalhos
Tenho os nervos em frangalhos
Desconverso desse tema

Desculpa se te dei a entender
Outra perspectiva a despontar
que era diferente desses pãezinhos sem sal
Que em qualquer boca sabem mal
Para mim o amor é somente
Tema de filme ou de poema
Vida de quem só faz cinema
Algo falso e colorido
Pelas telas e écrans
Que se farta de todas as manhãs
Acordar na mesma cama
Olhar a mesma pessoa
Com necessidade de afectos
Sempre a delinear projectos
Carente e fervente do que poderei dar

Desculpa se pareci ser a ideal
De ideal nada possuo
Milhões de defeitos
Umas e outras virtudes
Nem me interessa que te mudes
Na ânsia de me agradar
No amor nada me agrada
Só a dor que faz sentir
Em mim ficou marcada
Tudo o resto se apagou
Como o trilho da esponja
Que roçava as ardósias
Nos tempos idos de escola
Que jamais voltarão
Agora o que tens a fazer
É tentar me esquecer
Interiorizar que fui um pesadelo
Do qual vais acordar
Já passou!... podes suspirar e respirar de alívio…

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