sexta-feira, 1 de maio de 2009

Jogo Viciado

Até segunda, digo com sorriso amarelo
Muito desejo que não venhas mais
Que fiques numa cama qualquer
Bocejando e cortejando quem quiseres
Até mais logo, digo remoída
Revoltada com essa parva saída
Pensando e não podendo retorquir
Guardar no íntimo quase a explodir
Algo que não caiu em saco roto
Amar-te é como jogar no totoloto

Um jogo altamente viciante
Gasto-me a um ritmo alucinante
É sempre a perder e nunca ganhar
É jogar com insistência e nunca acertar
1, xis 2 isso fica pra depois
vem agora ter comigo não consigo decifrar
os números secretos que me vão fazer chegar
ao mais alto patamar... eu não sei jogar!!


Até nunca mais, digo com franca mentira
Ver-te pelas costas, rodopiando para longe
E não consigo perceber essa tua vontade
Em regressar ao jogo e voltar a lançar
os dados viciados, os dados cruzados
fazer uma batota, como quem não quer
fazer –me perder a minha condição
de mulher esperta que não sabe amar
nem jogar!! Nem jogar!!
e continuo a amar, como se nada se tivesse
passado e fosse isso mesmo, somente passado
morto e enterrado pra lá das mesas de casino
pra lá dos baralhos de cartas, do poker, do joker
eu não sei jogar!! Eu não sei jogar!!

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