O meu corpo imóvel deitado
numa cama de veludo pintado
vermelho vestido, vermelho sangue, marchetado,
chegas devagarinho sem sinal de desalinho
e deitas-te comigo numa paz sem castigo...
Não há palavras cruzadas, só mãos envergonhadas
que entrelaçam o corpo nú , absorto.
Nítida timidez dessa primeira vez
em que sopras o pecado,com as mãos semeado(apenas).
A beleza que alçanças ao meu alcance não está
oculta nas sombras irrompidas da manhã,
um quebranto natural invade o teu olhar
como quem morde o lábio,com um leve sussurrar,
fico sem palavras perante a dúbia mudez
que te acolhe nos braços de quando em vez.
E partes de regresso à tua vida gelada
onde ficas sossegado, alienado no nada,
sou um simples fio pendente na tua vida vazia
sem amor, nem rancor a tua presença alivia
como um sopro de luz cinzento mesclado
desejo-te comigo, desejo-te a meu lado.
domingo, 28 de junho de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Este é o único dos teus poemas com uma carga sensual mais vincada, devias escrever mais sobre este tema :)
Enviar um comentário