segunda-feira, 1 de junho de 2009

Irritação

Hoje sinto-me irritada
Insuportável, mal -humorada
Uma palavra é uma granada
Que nem precisa ser lançada
Para explodir nas minhas mãos
Impaciente com o ruído
E qualquer prurido é uma praga
Que mina e destrói
Hoje estou intempestiva e agressiva
Fechada a conselhos ou a sugestões
A mensagens ou insinuações
Só me visto de rebeldia e assisto
À mesma ideia a recalcar
E não faço ideia porquê
Ou talvez saiba e não queira admitir
Que há uma saudade a emergir
Uma angústia a sobressair
Não quero assumir
Que me sinto aflita porque não estás aqui
Hoje é só choques frontais
Bato de frente sem me importar
Se estou a ferir ou a magoar
Não ouço nada nem ninguém
Só esta saudade, esta dor a desgastar
Me faz continuar a te procurar
A vasculhar, remexer, fixar
E mais uma vez te vejo parado
Sem resposta nem recado
Ausente, distante, desligado
O meu coração despedaçado
Somente concentrado em ti…

1 comentário:

Patricia Sá Couto disse...

Este poema é mesmo "rage"
mas ficar assim por causa dum gajo Santa Paciência Silvita, os gajos não merecem nada lol