Extenuada da existência nesta orbe que é a terra
nada me acalentava, a chama extinguia-se, esperança esvaía-se.
O teu achado? Portentoso e divino talvez.
Padecem dias longos e exasperantes
e dentro de mim uma alvoroçada paixão brota,
tão inquieta como mansa, tão colérica como ardente,
E nesta alucinação, no precipício dos dias
na emancipação das noites, o dessassossego atenua-se.
Quero dilacerar o desejo de querer sempre mais,
quero quebrantar a loucura da sempiterna insatisfeita com o amor.
E se tu fosses como eu!
Não! O teu talhe desavindo com o meu,
um antagonismo caro, uma contrariedade absurda
e tudo isso se dissolve quando digo, amo-te.
Porque não me dizes também?
Porque tenho que extorquir dos teus lábios tal palavra?
Estou amofinada, aperreada...
Furta-me a esta angústia, arranca-me desta opressão.
Este amor é um sonho mal sonhado, o nosso fado está mal traçado
mas a minha vida continua na tua mão.
domingo, 28 de junho de 2009
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1 comentário:
...parece fácil escrever depois de ler os teus textos..:) Mas nem todos conseguem escrever assim. A tua escrita flui de uma forma honesta, singela e cortante e este texto do amor é verdadeiramente incisivo...se precisares um dia de quem declame..estou às ordens :D
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