O céu forrado de azul celeste
A terra com um manto verde vestido
Nesta paisagem agreste
Acompanhada de um leve ruído
Os lírios tombam em filas
As searas sacodem-se ao vento
Não a trocava por cidades e vilas
Nem que por elas valesse um cento
Meninos que correm e gritam
Senhoras que dos outros fazem vida
Curiosidades uns e outros suscitam
Mas nada que não passe em seguida
Modernidade à margem
Para quê a chamar?
Só preciso desta doce aragem
Que me fala a sussurrar
Águas outrora de cristal
Onde se banhava o corpo sereno
Hoje algo está mal
Por elas passo e aceno
Do céu já pinga e escorre
Cinzento pintado a negro
Na paisagem algo morre
Já nada pára em segredo
Cabelos se agitam e movem
Faces lívidas e pálidas
Nada significa ser jovem
Se juntarmos as peças esquálidas
Luto por aquilo que acredito
Não acredito em causas perdidas
No fundo tudo está escrito
E as histórias se confundem, parecidas...
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
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