Marlene, hoje cravo o teu nome perene.
Quando os corações magoados procuravam
aconchego, na evasiva do medo
tu com a tua serenidade, carinho e amizade
Sossegavas os mais inquietos, insatisfeitos,
E da tua mão abençoada saía a paz tão desejada
Às vezes chorar por chorar, mas estavas presente
Com uma calma aparente porque no íntimo
também te largavas à nossa tristeza, indefesa.
Marlene, que mais te direi eu? Que palavras necessitas de ouvir?
O mundo pode acabar hoje, mas sempre que chamares por mim
eu virei, por mais longe que esteja a repousar....
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Hoje e amanhã
Hoje vivo. E amanhã?
Quem sabe se amanhã estarei cá?
Eu quero estar, pois sei que tu queres estar comigo.
Bastava apenas um acaso para o meu hoje ser o nosso amanhã,
Se eu amanhã não estiver cá, eu quero que leias o que escrevi hoje,
O que eu escrevi hoje é para leres amanhã, se o meu amanhã se for.
Quero-te hoje, sempre e também amanhã...
Será que estarei cá?
Quem sabe se amanhã estarei cá?
Eu quero estar, pois sei que tu queres estar comigo.
Bastava apenas um acaso para o meu hoje ser o nosso amanhã,
Se eu amanhã não estiver cá, eu quero que leias o que escrevi hoje,
O que eu escrevi hoje é para leres amanhã, se o meu amanhã se for.
Quero-te hoje, sempre e também amanhã...
Será que estarei cá?
Viagem
Enternecida com a viagem
De pulos e conversas animada
Paramos entre a folhagem
Que sorriu ao ser contemplada
Pássaros apareceram
Sobrevoando as montanhas cumeadas
Que até estremeceram
Ao som das nossas gargalhadas
Tudo estava tão colorido
Por todo o lado se espalhava animação
Se não fosse um alarido
Tudo corria na perfeição
Vime e pau partido
Com a brutalidade da nossa passagem
Procurávamos o alarido
No meio da ramagem
De súbito começo a ouvir
Vozes de gente assustada
Como se estivessem a fugir
De alguma emboscada
Apenas tudo não passou
De um grande susto
Foi um vestido que se rasgou
Porque ficou preso num arbusto
Estranhei a sua hesitação
Em contar o sucedido
E a sua satisfação
Apesar de ter rasgado o vestido
De repente, ao longe, passava
Um vulto com cuidado redobrado
Um bocado de vestido levava
Semelhante ao que havia sido rasgado
Curiosidade crescente
Para descobrir e desvendar
O que era evidente
Mas escuro ao primeiro olhar
Afinal, depois de muito pensamento
Cheguei à merecida conclusão
Que a viagem foi o momento
De um amor de perdição
De pulos e conversas animada
Paramos entre a folhagem
Que sorriu ao ser contemplada
Pássaros apareceram
Sobrevoando as montanhas cumeadas
Que até estremeceram
Ao som das nossas gargalhadas
Tudo estava tão colorido
Por todo o lado se espalhava animação
Se não fosse um alarido
Tudo corria na perfeição
Vime e pau partido
Com a brutalidade da nossa passagem
Procurávamos o alarido
No meio da ramagem
De súbito começo a ouvir
Vozes de gente assustada
Como se estivessem a fugir
De alguma emboscada
Apenas tudo não passou
De um grande susto
Foi um vestido que se rasgou
Porque ficou preso num arbusto
Estranhei a sua hesitação
Em contar o sucedido
E a sua satisfação
Apesar de ter rasgado o vestido
De repente, ao longe, passava
Um vulto com cuidado redobrado
Um bocado de vestido levava
Semelhante ao que havia sido rasgado
Curiosidade crescente
Para descobrir e desvendar
O que era evidente
Mas escuro ao primeiro olhar
Afinal, depois de muito pensamento
Cheguei à merecida conclusão
Que a viagem foi o momento
De um amor de perdição
Transformações
O céu forrado de azul celeste
A terra com um manto verde vestido
Nesta paisagem agreste
Acompanhada de um leve ruído
Os lírios tombam em filas
As searas sacodem-se ao vento
Não a trocava por cidades e vilas
Nem que por elas valesse um cento
Meninos que correm e gritam
Senhoras que dos outros fazem vida
Curiosidades uns e outros suscitam
Mas nada que não passe em seguida
Modernidade à margem
Para quê a chamar?
Só preciso desta doce aragem
Que me fala a sussurrar
Águas outrora de cristal
Onde se banhava o corpo sereno
Hoje algo está mal
Por elas passo e aceno
Do céu já pinga e escorre
Cinzento pintado a negro
Na paisagem algo morre
Já nada pára em segredo
Cabelos se agitam e movem
Faces lívidas e pálidas
Nada significa ser jovem
Se juntarmos as peças esquálidas
Luto por aquilo que acredito
Não acredito em causas perdidas
No fundo tudo está escrito
E as histórias se confundem, parecidas...
A terra com um manto verde vestido
Nesta paisagem agreste
Acompanhada de um leve ruído
Os lírios tombam em filas
As searas sacodem-se ao vento
Não a trocava por cidades e vilas
Nem que por elas valesse um cento
Meninos que correm e gritam
Senhoras que dos outros fazem vida
Curiosidades uns e outros suscitam
Mas nada que não passe em seguida
Modernidade à margem
Para quê a chamar?
Só preciso desta doce aragem
Que me fala a sussurrar
Águas outrora de cristal
Onde se banhava o corpo sereno
Hoje algo está mal
Por elas passo e aceno
Do céu já pinga e escorre
Cinzento pintado a negro
Na paisagem algo morre
Já nada pára em segredo
Cabelos se agitam e movem
Faces lívidas e pálidas
Nada significa ser jovem
Se juntarmos as peças esquálidas
Luto por aquilo que acredito
Não acredito em causas perdidas
No fundo tudo está escrito
E as histórias se confundem, parecidas...
Mentira
Mente-me, amor, mente
Diz que me amas sem o sentir,
Que o amor que o teu coração sente
À noite causa o teu bramir.
Mente-me! Diz que me amas
mesmo sem amar, sem me querer
Diz que por mim chamas
E que sem mim não podes viver
Mente-me! Diz mentiras e jura
Que o amor que sentes dura
Por entre tumultos e temporais
Mente-me! Diz que sou a tua loucura
Que a minha imagem é ternura
E que não me vais deixar jamais!
Diz que me amas sem o sentir,
Que o amor que o teu coração sente
À noite causa o teu bramir.
Mente-me! Diz que me amas
mesmo sem amar, sem me querer
Diz que por mim chamas
E que sem mim não podes viver
Mente-me! Diz mentiras e jura
Que o amor que sentes dura
Por entre tumultos e temporais
Mente-me! Diz que sou a tua loucura
Que a minha imagem é ternura
E que não me vais deixar jamais!
Avó
Sorri minha avó para os teus netos,
Que são a razão dos teus afectos,
Pois tu quando nos vias,
A tua boca iluminava, sorrias.
Tudo eram pequenos afazeres
Se fosse, querida avó, para nos veres,
O teu olhar azul, cor do céu, do mar
É a melhor prenda que nos podias dar,
Abre esses olhos e esquece a doença,
Esquece o que existe, esquece a desavença,
Abre o teu coração para nós
que contigo, querida avó, não estamos sós.
Faz isso pelos teus netos, vá lá tenta,
Luta contra a morte, aguenta
essa vida que tens em ti.
Vá lá avó, por todos nós que aqui estamos,
Abre os olhos e conta uma história,
De entre as muitas que tens na memória
E faz feliz os teus netos, agora e sempre
razão dos teus afectos...
Que são a razão dos teus afectos,
Pois tu quando nos vias,
A tua boca iluminava, sorrias.
Tudo eram pequenos afazeres
Se fosse, querida avó, para nos veres,
O teu olhar azul, cor do céu, do mar
É a melhor prenda que nos podias dar,
Abre esses olhos e esquece a doença,
Esquece o que existe, esquece a desavença,
Abre o teu coração para nós
que contigo, querida avó, não estamos sós.
Faz isso pelos teus netos, vá lá tenta,
Luta contra a morte, aguenta
essa vida que tens em ti.
Vá lá avó, por todos nós que aqui estamos,
Abre os olhos e conta uma história,
De entre as muitas que tens na memória
E faz feliz os teus netos, agora e sempre
razão dos teus afectos...
Anjo Loiro
Bateste as asas e voaste, anjo loiro
O céu esperava a tua presença
Na terra efémera escasseavas,
O teu brilho apagavas, com um sorriso.
A tua ascensão fez chorar a terra,
lágrimas de desgosto, lágrimas de dor,
que fizeram transbordar os rios, que agitaram os mares
que pesaram nos corações, que escureceram os ares.
Partiste, anjo loiro, e ninguém te deteve,
Porque a sede de te ter era tanta!
O céu pedia a qualquer momento,
As tuas cores, os teus amores...
Saíste em busca de algo
existente na dimensão celeste,
E deixaste a paisagem térrea tão agreste
Com a falta de ti...
Adeus, anjo loiro,
Digo-te adeus e sigo,
Todos estamos em perigo
Mas só vamos quando Deus quiser. ..
O céu esperava a tua presença
Na terra efémera escasseavas,
O teu brilho apagavas, com um sorriso.
A tua ascensão fez chorar a terra,
lágrimas de desgosto, lágrimas de dor,
que fizeram transbordar os rios, que agitaram os mares
que pesaram nos corações, que escureceram os ares.
Partiste, anjo loiro, e ninguém te deteve,
Porque a sede de te ter era tanta!
O céu pedia a qualquer momento,
As tuas cores, os teus amores...
Saíste em busca de algo
existente na dimensão celeste,
E deixaste a paisagem térrea tão agreste
Com a falta de ti...
Adeus, anjo loiro,
Digo-te adeus e sigo,
Todos estamos em perigo
Mas só vamos quando Deus quiser. ..
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